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Evandro José Coelho do Amaral

Evandro José Coelho do Amaral, Licenciado em Administração Pública pelo INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS E RELAÇÕES INTERNACIONAIS (CIS). Tel: +244 928 887 135 / +244 993 029 806 (Whatsapp)

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Evandro José Coelho do Amaral

02
Fev18

SISTEMA DE ENSINO EM ANGOLA


Evandro José Coelho do Amaral

SISTEMA DE ENSINO EM ANGOLA

EDUCATION SYSTEM IN ANGOLA

NewPaper nº 08/2018

Amaral, Evandro José Coelho do [1]

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Resumo

Este artigo, procurar apresentar o sistema de ensino em Angola, que ainda é deficitário quer na falta de infraestruturas e de professores.  E é recomendado por pesquisadores e economistas internacionais que apelam, países em via desenvolvimento, a fatia do Orçamento Geral de Estado (OGE) na educação deve ser de 20%, onde não ocorre em Angola, voltasse à privilegiar o sector da defesa atingindo maior percentagem.

Palavras-chaves: Educação, Professores e Angola.

 

Abstract

This article seeks to present the education system in Angola, which is still deficient both in the lack of infrastructures and teachers. And it is recommended by researchers and international economists who appeal, developing countries, the share of the General State Budget (OGE) in education should be 20%, where it does not occur in Angola, return to privileging the defense sector reaching a higher percentage.

Keywords: Education, Teachers and Angola.

 

Introdução

Não vamos ter desenvolvimento no ensino ou melhoria na educação em Angola, até não se saber quem tem errado, isto porque:

  • Os professores culpam os alunos;
  • Os alunos culpam os professores;
  • A população culpa o Governo;
  • O Governo culpa os alunos que não querem estudar.

A problemática desta pesquisa tem haver com o comunicado da comunicação social que afirmaram que mais de 106 mil alunos podem ficar sem estudar devido à falta de salas de aula e de professores. Ainda sobre um grupo de estudantes de Luanda anunciou dia 26 de Janeiro de 2018, a realização de uma marcha, contra a “gasosa” escolar, denunciando as “cobranças ilegais” nas escolas durante o período de inscrições e matrículas, pedindo “punição aos infractores”.

 

Que cria controversas ou contraste do Governo que alegam a falta de recursos financeiros, devido a crise económica e financeira devido a queda do preço do petróleo. Segundo o Secretário Geral da Assembleia Nacional, afirma que os 220 Deputados vão receber Viaturas de marca Lexus, como isso é possível?

 

Coloca-se várias variantes a saber: falta de motivação e qualidade, falta de inspecção e fiscalização dos professores, a falta de cumprimento da lei, o não cumprimento das obrigações estabelecidas, falta de motivação sobretudo salarial, a falta de quadros, corrupção, impunidade, pessoal incapacitado, a não utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação, pouco investimento do OGE para Educação.

 

Será por falta de quadros nacionais? No caso específico de Angola, tem enviado angolanos no exterior desde 1975, onde estudam nas melhores universidades. Uma outra hipóteses, será a fuga ou permanência destes quadros nacionais no exterior? Numa outra hipótese a falta de políticas favorável para estes quadros nacionais. No caso de Cuba, na véspera da revolução cubana, perderam muitos quadros que imigram para Miam (E.U.A), ficaram com poucos quadros, mas conseguiram atingir um desenvolvimento que levar a exportar recursos humanos para o mundo, mas Angola não consegue, por quê?

 

  1. Educação em Angola

O Sindicato Nacional de Professores de Angola (SINPROF) tem-se queixado do facto de o Governo “não valorizar a opinião dos agentes da Educação, o que tem implicações na obtenção de resultados satisfatórios, na luta pela qualidade do ensino”.

 

“Prometeu-se merenda escolar, mas as crianças continuam a não a ter. As condições em que as escolas funcionam são más”, diz Manuel de Victória Pereira, vice-presidente do SINPROF, segundo o qual para se alcançar a desejada qualidade no ensino tem de deixar de haver “aulas debaixo de árvores e escolas em ruínas”.

 

Com o efeito, o foco seguinte deverá ser a qualidade, o que foi reconhecido, num discurso do Presidente cessante da República de Angola, José Eduardo dos Santos: “O ensino cresceu em quantidade e o nosso desafio agora é melhorar a sua qualidade. Temos de melhorar com urgência, a formação dos professores, sobretudo no ensino primário e no ensino médio” disse o Presidente na perspectiva de José Eduardo dos Santos “é necessário ajustar também o conteúdo dos programas, para fazer dos estabelecimentos de ensino, instituições capazes de ligar a aquisição de conhecimentos teóricos à prática profissional, de forma a estimular o desejo de empreender e contribuir para vencer a batalha do desenvolvimento”, (Portal de Angola, 2017).

 

1.1. Análise SWOT da Educação: Ensino Superior e Formação Profissional

Pontos Fortes

  • Boa estruturação do ensino nas novas centralidades;
  • Grande diversidade de oferta de ensino nas mais diversas áreas do saber;
  • Melhor taxa de alfabetização do País;
  • Luanda constitui um pólo de atracção de estudantes oriundos de outras Províncias;
  • Empenho das entidades oficiais na melhoria das condições de ensino existentes;
  • Baixa média etária da população;
  • Aposta no ensino comparticipado com provas dadas;
  • Elevada procura de Ensino, incluindo Ensino Superior;
  • Consciencialização geral da população da importância do ensino e formação profissional para a melhoria das suas apetências e consequente melhoria das suas oportunidades profissionais.

Pontos Fracos

  • A merenda escolar atinge uma parcela reduzida dos alunos a que se dirige;
  • Elevado número de alunos por professor com implicações na qualidade do ensino;
  • Carência de infra-estruturas de apoio pedagógico (bibliotecas, mediatecas e outras);
  • Insuficiência de infra-estruturas escolares nos municípios de Icolo e Bengo bem como na Quiçama;
  • Falta de conexão entre o Ensino Superior e as estruturas do Governo Provincial;
  • Reduzida promoção do empreendedorismo ao nível do Ensino Superior;
  • Bolsas de estudos insuficientes para garantir a equidade de oportunidades;
  • Baixo nível de qualificação de parte significativa do pessoal docente e formador;
  • Reduzido peso do ensino técnico.

Oportunidades

  • Oferta abrangente de ensino potência a prazo a melhoria de massa crítica gerada, com consequências positivas na qualidade de ensino.

Ameaças

  • Ritmo de crescimento da oferta de ensino privado e público superior à capacidade de fiscalização, podendo levar à deterioração da qualidade do ensino.

Objectivos Nacionais Sectoriais: Promover o desenvolvimento humano e educacional, com base numa educação e aprendizagem ao longo da vida para todos e cada um dos angolanos; Promover o acesso de todos os angolanos a um emprego produtivo, qualificado, remunerador e socialmente útil e assegurar a valorização sustentada dos recursos humanos nacionais; Estimular e desenvolver um Ensino Superior de qualidade, (Governo da Província de Luanda, 2014).

 

Tabela nº 1. Objectivo Nacionais Sectoriais da Educação: Ensino Superior e Formação Profissional

Programas

Medidas

Expansão do ensino pré-escolar

- Dar continuidade à criação de infra-estruturas

- Assegurar manutenção regular

 

Desenvolvimento do Ensino Primário e Secundário

- Parque escolar integrador

- Dar continuidade à criação de infra-estruturas

- Assegurar manutenção regular

Desenvolvimento do sistema de ensino especial

 

Desenvolvimento do Ensino Primário e Secundário

- Apoio directo aos estudantes

Melhoria da Qualidade do Ensino Superior

- Promover as Universidades como parceiras no desenvolvimento

- Criação de Instituto Público para parcerias com Universidades

Reabilitação e Dotação de Infra-estruturas do Ensino Superior

- Dar continuidade à criação de infra-estruturas

- Assegurar manutenção regular

Atribuição de Bolsas de Estudos internas e externas

- Apoio directo aos estudantes

Fonte: (Governo da Província de Luanda, 2014).

 

É de realçar que, não basta ter escolas, universidades e centros ou pavilhões de formação, onde as infraestruturas, encontram-se centralizadas; existem critérios rigorosos acerca da distancias urbanísticas, onde: escola do ensino médio deve estar a 1200 metros de casa, escola do ensino básico (ou ensino fundamental) deve estar a 600 metros de casa e creches devem estar 300 metros de casa. Porque o urbanismo assenta na questão da sustentabilidade.

 

As evidências apontam para uma fraca ligação entre o ensino e a investigação. As universidades angolanas assentam no modelo de teaching university, ou seja, estão orientadas   apenas   para   o   ensino   e   transmissão   do   conhecimento.   Embora   não se questione a sua importância, o facto da investigação ter pouca representatividade retira alguns atributos às universidades, pois, somente com a investigação se pode questionar e   procurar   as   respectivas   respostas, construindo   assim   o   conhecimento   científico, evitando deste modo a reprodução de teorias anteriormente postuladas. De igual modo, verifica-se que o modelo de universidade adoptado não passa de “cópia” de modelos externos, em que os alunos buscam a educação superior como forma de garantia de emprego, o estado espera que a universidade seja o “laboratório” do desenvolvimento e as empresas esperam pela saída dos recursos humanos qualificados.

 

As   universidades   angolanas   têm   assim   um   longo   caminho   a   percorrer   na edificação   e   consolidação   de   uma   universidade   moderna, onde   a   construção   do conhecimento assuma principal destaque, substituindo assim a ideia de “obtenção de diploma” para melhor inserção profissional, (Universidade Agostinho Neto, 2012). 

 

Apenas 13% da população entre  18 a 24 anos, completou o II ciclo do ensino secundário e 2.5% da população com 24 ou mais anos possui formação superior, segundo os dados, (INE, 2016).

 

Existem na Província 30 estabelecimentos de formação profissional, distribuídos por Centros de Formação fixos, pequenos Centros Móveis e Pavilhões de Artes e Ofícios. Nos Centros Móveis, bem como nos Pavilhões de Formação em Artes e Ofícios, o acesso aos cursos de mecânica geral e auto, serralharia, contabilidade, informática, corte e costura, pastelaria, agricultura e construção civil é grátis.  Estes cursos têm  uma duração aproximada de 8 meses e abarcam anualmente cerca de 12 mil jovens, (Governo da Província de Luanda, 2014).

 

Conclusão

Chegando ao final deste artigo, percebemos que existe falta de vontade política para o desenvolvimento sustentável para Angola.  Também é comum, observamos vários governantes, administradores, trabalham sem estatística da população, tornando assim, difícil a sua boa governação, apelamos na reestruturação do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola, que passa a ser independente e que não espera apenas da ajuda externa para realizar as suas obrigações.

 

Contratar professores e criar mecanismo para eles ir ao encontro dos estudantes. Não somos contra, em que os alunos são ensinados debaixo de uma arvore, pior seria eles ficarem fora do ensino. Mas com tanta madeira em Angola até foi apreendida dizem que não há carteiras nas escolas, como é possível?

 

A educação é um desafio ou uma responsabilidade de todos os cidadãos nacionais. O Brasil por exemplo, está a ensinar língua africana (o Kimbundo), mas Angola, nem com essa humilhação, toma alguma iniciativa.

 

O ENSINO EM ANGOLA É PROPOSITADO”, a desordem ajuda uma classe ter privilégio.

Referências Bibliográficas

Governo da Província de Luanda. (2014). Plano de Desenvolvimento Provincial 2013/2017 . Luanda: Governo da Província de Luanda.

INE. (2016). Recenseamento Geral da População e Habitação: Resultados Definitivos. Luanda: INE.

Portal de Angola. (2017). Reforma Educativa: O Estado do Ensino em Angola. Luanda: Portal de Angola. Obtido em 28 de Dezembro de 2017, de https://www.portaldeangola.com/2017/01/reforma-educativa-o-estado-do-ensino-em-angola/

Universidade Agostinho Neto. (2012). A Universidade Angolana Como Espaço de Construção de uma Sociedade Moderna. Luanda: Universidade Agostinho Neto (UAN). Obtido em 29 de Dezembro de 2017, de http://www.fcsuan.org/nossosvisitantes/josedominguessilva/UAN-jornadas-FCS-JMCDS.pdf

 

[1] Graduado no Curso de Administração Pública, pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Relações Internacionais (CIS), evandro.amaral2015@hotmail.com; 

02
Fev18

EXONERAÇÃO OU TROCA DE PASTA?


Evandro José Coelho do Amaral

EXONERAÇÃO OU TROCA DE PASTA?

EXONERATION OR EXCHANGE OF FOLDER?

NewPaper nº 07/2018

Amaral, Evandro José Coelho do [1]

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Resumo

Este artigo, vem contrapor algumas alegações sobre a nova Governação do Presidente da República de Angola, sobre algumas nomeações e exonerações ocorrido no início do seu mandato, na formação do seu Governo. A controversa, tem haver com as nomeações de alguns indivíduos do anterior Governo, e certos indivíduos foram retirado de um posto de trabalho para o outro, daí perguntamos: houve exoneração ou troca de pasta?

Palavras-chaves: Governo, João Lourenço e Exoneração.

 

Abstract

This article opposes some allegations about the new Governance of the President of the Republic of Angola regarding some appointments and exonerations that occurred at the beginning of his term in the formation of his Government. The controversial, have to do with the appointments of some individuals of the previous Government, and certain individuals were removed from one job to the other, from there we asked: was there exoneration or exchange of paste?

Keywords: Government, João Lourenço and Exoneration.

 

Introdução

No dia 23 de Agosto de 2017, aconteceram as quartas eleições gerais. A passagem do testemunho, a foi orientada pelo juiz presidente do Tribunal Constitucional, que curiosamente, ocorrer no mesmo dia (26 de Setembro) da primeira investidura de um presidente eleito e no mesmo local.

 

O novo Presidente João Lourenço entrará na história de Angola como o primeiro Presidente a ser investido na presença do seu antecessor. Além do que terá também, em memória, a “bênção” do Dr. Agostinho Neto, já que o palco da cerimónia de investidura foi no o Memorial Dr. António Agostinho Neto (MAAN), construído em memória ao fundador da Nação.

 

A cerimónia decorreu na Praça da República, serviu também para a investidura do vice-presidente da República, Bornito de Sousa, foi orientada pelo presidente do Tribunal Constitucional, Rui Ferreira, na presença de mais de 30 mil pessoas, incluindo Chefes de Estados e de Governo convidados, (ANGOP, 2017).

 

O novo chefe de Estado de Angola, João Lourenço, completou no dia 04 de Janeiro de 2018, os 100 dias de liderança, marcados por um discurso de acérrimo combate à corrupção e más práticas, e uma ruptura com a máquina de Governo que recebeu de José Eduardo dos Santos.

 

Em 100 dias como Presidente da República, as mais de 300 nomeações feitas por João Lourenço, que corresponderam a várias dezenas de exonerações, incluindo da empresária Isabel dos Santos, filha do anterior chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, da Sonangol, e de mais de 30 oficiais generais em posições de topo na hierarquia militar, valeram-lhe a alcunha nas redes sociais: "O exonerador implacável", (Sic Notícias, 2018).

Figura nº 1. Presidente da República de Angola João Manuel Gonçalves Lourenço

Joao-Lourenco.jpg

 Fonte: (AngoRussia, 2018).

 

1. Composição do novo Governo de João Lourenço
Governo tem 12 ministras num elenco de 32 e todos os 18 governadores são homens. Trinta e dois ministros fazem parte do novo Governo de Angola:

 

  1. Adão Francisco Correia de Almeida, licenciou-se em Direito pela Universidade Agostinho Neto (UAN) (Ministro do Território e Reforma do Estado) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de Vice-Ministro da Administração do Território para os Assuntos Institucionais e Eleitorais;
  2. Ana Maria da Sousa e Silva (Secretária do Conselho de Ministros) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de secretária Adjunta do Conselho de Ministros.
  3. Ana Paula Chantre Luna de Carvalho, licenciou-se em Planificação da Economia Nacional pela Universidade Martin Luther (Martin Luther Universitât/ Halle - Wittenberg - Alemanha) (Ministra do Ordenamento do Território e Habitação) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de Presidente da APIMA – Associação dos Profissionais do Imobiliário de Angola;
  4. Ana Paula Sacramento Neto, licenciou-se em Química e Física pela Universidade Agostinho Neto (UAN) (Ministra da Juventude e Desportos) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de Secretária de Estado para o Desporto;
  5. Ângelo da Veiga Tavares, licenciou-se em Economia pela Universidade Agostinho Neto (UAN) (Ministro do Interior) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o mesmo cargo;
  6. Aníbal João da Silva Melo, licenciou-se em Comunicação Social (Ministro da Comunicação Social);
  7. Augusto Archer de Sousa Mangueira, licenciou-se em Economia na Escola Superior de Economia “Bruno Leuschner” em Berlim-Alemanha (Ministro das Finanças) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o mesmo cargo;
  8. Augusto da Silva Tomás, licenciou-se em Economia pela Universidade Agostinho Neto (UAN) (Ministro dos Transportes) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o mesmo cargo;
  9. Bernarda Gonçalves Martins, licenciou-se em Química pela Universidade Agostinho Neto (UAN) (Ministra da Indústria) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o mesmo cargo;
  10. Carolina Cerqueira, licenciou-se em Direito pela Universidade Agostinho Neto (UAN) (Ministra da Cultura) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o mesmo cargo;
  11. Diamantino Pedro Azevedo (Ministro dos Recursos Minerais e Petróleos) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de Presidente do Conselho de Administração da Ferrangol;
  12. Francisco Queiroz, licenciou-se em Direito pela Universidade Agostinho Neto (UAN) (Ministro da Justiça e Direitos Humanos) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, no cargo de Ministro da Geologia e Minas;
  13. Frederico Manuel dos Santos e Silva Cardoso, licenciou-se em Direito pela Universidade Agostinho Neto (UAN) (Ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de Secretário do Conselho de Ministros;
  14. Jesus Faria Maiato (Ministro da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de Director do Gabinete Jurídico da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS);
  15. João Baptista Borges, licenciou-se em Engenharia Electrotécnica pela Universidade Agostinho Neto (UAN) (Ministro da Energia e Águas) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o mesmo cargo;
  16. João Ernesto dos Santos "Liberdade", licenciou-se em Ciências Políticas (Ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de Governador da Província do Moxico;
  17. Jofre Van-Dúnem Júnior, licenciou-se em Economia pela Universidade Agostinho Neto (UAN) (Ministro do Comércio) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de Presidente do Conselho de Administração do Entreposto Aduaneiro.
  18. José Carvalho da Rocha, licenciou em Física na especialidade de Electrónica pela Universidade Agostinho Neto (UAN) (Ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o mesmo cargo;
  19. Manuel Domingos Augusto, licenciou-se em Direito Internacional Público (Ministro das Relações Exteriores) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de Secretário de Estado das Relações Exteriores;
  20. Manuel José Nunes Júnior, licenciou-se em Economia pela Universidade Agostinho Neto (UAN) (Ministro de Estado e do Desenvolvimento Económico e Social) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de Ministro de Estado e da Coordenação Económica;
  21. Manuel Tavares de Almeida, licenciou-se em Engenharia Civil (Ministro da Construção e Obras Públicas) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de Director para o Gabinete do Projecto Baynes, Aproveitamento Hidroeléctrico Binacional no rio Cunene em parceria com a República da Namíbia;
  22. Marcos Alexandre Nhunga, licenciou-se em Agronomia no Instituto Superior de Tashkent-Ubzequistão (Ministro da Agricultura e Florestas) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o mesmo cargo;
  23. Maria Ângela Teixeira de Alva Sequeira Bragança, licenciou-se em Ciências Sociais (Ministra da Hotelaria e Turismo) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de Secretária de Estado da Cooperação;
  24. Maria Cândida Teixeira, licenciou-se em Física pela Universidade Agostinho Neto (UAN) (Ministra da Educação) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de Ministra da Ciência e Tecnologia;
  25. Maria do Rosário Bragança Sambo, licenciou-se em Medicina pela Universidade Agostinho Neto (UAN) (Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de reitora da Universidade Agostinho Neto (UAN);
  26. Paula Cristina Domingos Francisco Coelho (Ministra do Ambiente) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de Secretário de Estado para a Biodiversidade e Áreas de Conservação;
  27. Pedro Luís da Fonseca, licenciou-se em Economia pelo Instituto Superior de Economia Karl Marx – Sófia/Bulgária (Ministro da Economia e Planeamento) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de Secretário de Estado para o Planeamento e Desenvolvimento Territorial;
  28. Pedro Sebastião (Ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de Governador da Província do Zaire;
  29. Salviano de Jesus Sequeira, Curso de Oficiais Superiores na Escola de Oficiais Superiores no Huambo (Ministro da Defesa Nacional) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de Secretário de Estado para os Recursos Materiais e Infra-estruturas;
  30. Sílvia Paula Valentim Lutucuta, Cardiologista (Ministra da Saúde);
  31. Victória Francisco Correia Conceição (Ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de Secretária de Estado da Família e Promoção da Mulher;
  32. Victória Francisco Lopes Cristóvão de Barros Neto, licenciou-se em Biologia pela Universidade Agostinho Neto (UAN) (Ministra das Pescas e do Mar) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o mesmo cargo;

Presidente da República divulgou igualmente os Governadores Provinciais. Todos os 18 nomeados são homens. Eis a lista:

  1. Adriano Mendes de Carvalho, licenciou-se em Direito Internacional Público (Governador de Luanda) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de Administrador Municipal do Icolo e Bengo;
  2. Eugénio César Laborinho, licenciou-se em Psicologia (Governador de Cabinda) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de Vice-Ministro do Interior para a Protecção Civil e Bombeiros de Angola;
  3. José Joana André, licenciou-se em Engenharia Civil e Industrial pelo Instituto Superior de Engenharia Civil e Industrial de Kharkov na ex-URSS (Governador do Zaire) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o mesmo cargo;
  4. Mpinda Simão (Governador do Uíge) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de Ministro da Educação;
  5. João Bernardo De Miranda, licenciou-se em Direito (Governador do Bengo) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o mesmo cargo;
  6. José Maria Ferraz dos Santos, licenciou-se em Direito (Governador do Kwanza Norte) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o mesmo cargo;
  7. Norberto Fernandes dos Santos (Governador de Malanje) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o mesmo cargo;
  8. Ernesto Muangala (Governador da Lunda Norte) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o mesmo cargo;
  9. Ernesto Fernando Kiteculo (Governador da Lunda Sul) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de Vice-Governador do Cuando Cubango para o Sector Político e Produtivo;
  10. Manuel Gonçalves Muandumba, licenciou-se em Direito pela Universidade Lusíada (Governador do Moxico) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de Ministro da Juventude e dos Desportos;
  11. Eusébio De Brito Teixeira (Governador do Kwanza Sul) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o mesmo cargo;
  12. Rui Luís Falcão Pinto de Andrade, licenciou-se em Psicologia do Ensino pelo Instituto Superior de Ciências da Educação da Universidade Agostinho Neto (ISCED) (Governador de Benguela) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o cargo de Governador da Província do Namibe;
  13. João Baptista Kussumua, licenciou-se em Geografia pelo Instituto Superior de Ciências da Educação da Universidade Agostinho Neto (ISCED) (Governador do Huambo) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o mesmo cargo;
  14. Álvaro Manuel De Boavida Neto, licenciou-se em Pedagogia (Governador do Bié) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o mesmo cargo;
  15. Carlos Da Rocha Cruz (Governador do Namibe) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o mesmo cargo;
  16. João Marcelino Tyipinge (Governador da Huíla) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o mesmo cargo;
  17. Kundhi Paihama (Governador do Cunene) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o mesmo cargo;
  18. Pedro Mutinde (Governador do Kuando Kubango) – Pertenceu no anterior Governo do Presidente Cessante, com o mesmo cargo.

 

Conclusão

Em suma, notamos que, na sua maior parte, quer os Ministros e Governadores de Angola, possuem troco comum, como é obvio são do partido da posição, o MPLA - Movimento Popular de Libertação de Angola, e a formação superior da Universidade Agostinho Neto (UAN).

 

Percebemos que em Angola, dificilmente existe casos de exoneração, recentemente acompanhamos o caso do Lionídio Gustavo Ferreira de Ceita, Ex-Presidente do Conselho de Administração da Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL), que foi exonerado e agora nomeado para Administrador Não Executivo da Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE).

 

Com isso, os exonerados e nomeados, todos vem do anterior Governo do Presidente Cessante José Eduardo dos Santos.

 

Todavia, perguntamos será que são auto-suficiente ou superdotado, que devem ser sempre as mesmas pessoas a rodearem o aparelho do Estado? Quando teremos oportunidade de ver a despartidarização do Estado e olharem na Constituição e na Lei que “todos são iguais perante a lei”, devem ter as mesmas oportunidades.

 

Estamos expectantes com o novo Presidente João Lourenço, onde foi considerado segunda personalidade mais importante do mundo, numa lista liderada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, João Lourenço supera Emmanuel Macron, Presidente francês, no chamado top 3 das figuras internacionais, (Angorussia, 2018). Com este exercício realizado, conseguimos responder à pergunta do nosso tema. R: existe apenas troca de pasta.

Referências Bibliográficas

ANGOP. (2017). Investidura2017: A 72 horas da constituição da 4.ª República. Luanda: ANGOP - Agência Angola Press. Obtido em 16 de Dezembro de 2017, de http://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/politica/2017/8/38/Investidura2017-horas-constituicao-Republica,ba062826-8ef8-43b1-9556-d901ef33a065.html

AngoRussia. (2018). João Lourenço considerado segunda personalidade mais importante do mundo . Luanda: AngoRussia. Obtido em 08 de Janeiro de 2018, de https://angorussia.com/noticias/angola-noticias/joao-lourenco-considerado-segunda-personalidade-importante-do-mundo/

Deutsche Welle. (2017). João Lourenço empossa 32 ministros. Deutsche Welle. Obtido em 08 de Janeiro de 2018, de http://www.dw.com/pt-002/jo%C3%A3o-louren%C3%A7o-empossa-32-ministros/a-40759797

Sic Notícias. (2018). Primeiros cem dias do Presidente angolano ao ritmo de três nomeações diárias. Lisboa. Obtido em 08 de Janeiro de 2018, de http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2018-01-02-Primeiros-cem-dias-do-Presidente-angolano-ao-ritmo-de-tres-nomeacoes-diarias

 

[1] Graduado no Curso de Administração Pública, pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Relações Internacionais (CIS), evandro.amaral2015@hotmail.com; 

02
Fev18

CRIANÇAS PEDINDO ESMOLA TODOS OS DIAS PARA SUSTENTO NO SHOPPING AVENIDA (CANDANDO) E ACADEMIA BAI


Evandro José Coelho do Amaral

CRIANÇAS PEDINDO ESMOLA TODOS OS DIAS PARA SUSTENTO NO SHOPPING AVENIDA (CANDANDO) E ACADEMIA BAI

CHILDREN ASK FOR ESMOLA EVERY DAY FOR SUPPORT AT THE SHOPPING AVENUE (CANDANDO) AND BAI ACADEMY

NewPaper nº 06/2018

Amaral, Evandro José Coelho do [1]

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Resumo

Este artigo, procura saber as razões que levam essas crianças em deslocar-se todos os dias rumo à rua 21 de Janeiro (Rua do Kikagil) – Morro Bento 2, local onde encontra-se localizado o Shopping Avenida (Candando) e a Academia BAI, para pedir esmola ou prestar serviços de engraxate, a fim de conseguir em troca dinheiro ou alimentação.

 

Palavras-chaves: Crianças, Shopping Avenida e Academia BAI.

Abstract

This article seeks to find out the reasons why these children travel every day to the street 21 de Janeiro (Rua do Kikagil) - Morro Bento 2, where is located Shopping Avenue (Candando) and Academia BAI, to ask for alms or to provide shoe shine services in order to get money or food in exchange.

Keywords: Children, Avenida Mall and BAI Academy.

 

Introdução

Os pré-adolescentes, que foram entrevistados tem a idade entre 9 anos à 13 anos de idade, são iletrados e nem se quer possuem registro civil (sendo assim apátrida), na sua maioria é de sexo masculino, residente na rua 28, próximo ao cajueiro, bairro Golfo 2, adjacente a lixeira, na Avenida Pedro de Castro Van-Dúnem Loy, Luanda. Poucos vivem com seus pais, outros não possuem pais (por motivos de falecimento), outra hipótese que revelaram, os seus progenitores, encontram-se numa das províncias de Angola. Sendo assim, que eles vivem com familiares (como Tio (a), Avó (â) …), amigos (as) ou nas ruas de Luanda.

 

Alguns economistas, explicam que os desalojados, para voltar sempre no local habitual, sendo que envolve custo (transporte, alimentação…), é porque existe rendimento.  Segundo eles, explicam, como chegam todos os dias, no Morro Bento 2, falam que sobem na porta de trás do transporte público (autocarros), sem serem vistos, para não pagarem, e se os autocarros, estiverem difíceis, vem de táxi (chamados candongueiros), quando chegam no seu destino, colocam em fuga e acabam de não pagar o táxi.

 

Figura nº 1. Adolescentes que usualmente pedem esmola e são engraxate

 

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 Fonte: Foto do Autor (Janeiro, 2018).

 

  1. Dificuldades encontradas pelos Adolescentes

Como a lei da vida diz, só os fortes sobrevivem, com isso, revelam que, muitas vezes submetem-se a passar por humilhações, insultos, maltratos (batem-os) e até mesmo a ameaças com arma de fogo por pedir dinheiro ou comida. Dizem que, são impedidos de entrar e xotados pelos seguranças dos estabelecimentos quer da Avenida e da Academia BAI, por estarem a perturbar os clientes desses estabelecimentos.

 

Os motivos que os leva, a permanecerem nestes estabelecimentos privados, são por motivos financeiros, para ajudar o seu representante legal (titular), das despesas de casa e para sua sobrevivência. Onde muitos dos representantes desses adolescentes são desempregados, fazem negócios no (mercado informal), e não conseguem colocar as crianças na escola e nem o regista-lo.

 

  1. Shopping Avenida (Candando)

Teve a inauguração no dia 10 de Maio de 2016 em Luanda, o hipermercado "Candando", investimento de 40 milhões de dólares. Inserida no Shopping Avenida, primeira loja do grupo de distribuição Contidis, foi inaugurada na presença de cinco ministros angolanos (Comércio, Indústria, Pesca, Agricultura e Economia) e ocupa uma área de 10.000 metros quadrados, (Jornal de Negócios, 2016).          

 

No âmbito da sua da estratégia global de responsabilidade social, orientada para a promoção do desenvolvimento sustentável nas áreas da saúde, educação e nutrição infantil, o Candando lançou em 2016 o projecto Arredonda. Na sua primeira edição o Arredonda angariou 8,5M akz para beneficiar o Hospital Pediátrico David Bernardino.

 

O valor angariado permitiu equipar o Hospital Pediátrico com 29 aparelhos de ar condicionado, assegurando a renovação da climatização das unidades de Cuidados Intensivos, Cuidados Intermédios, Banco de Urgência, Hospital de Dia, Consulta Externa e Depósito de Farmácia. Esta iniciativa contribuiu para a melhoria da qualidade do ar e bem-estar das crianças hospitalizadas.

 

Em 2017 o Candando lança a 2ª edição do Arredonda, com o objectivo uma vez mais de angariar fundos para melhorar as condições de hospitalização das crianças do Hospital Pediátrico David Bernardino, (Candando, 2017).

 

Apelamos ao Candando Hipermercado, S.A, no acto da sua responsabilidade acima referenciada, que ajudassem essas crianças, porque é deselegante e constrangedor, ver elas, por vezes descalças e pobremente vestidas, ficarem fora do estabelecimento, a solicitarem algum serviço, dinheiro ou comida, aos clientes da mesma, onde o estabelecimento possuí esses aparatos.

 

3.Academia BAI

O Banco Angolano de Investimentos (BAI) foi o primeiro banco comercial privado a constituir-se em Angola e, mantendo este pioneirismo, os líderes da gestão da instituição conceberam um projecto decidindo investir na criação de uma Empresa com o nome SAESP – Sociedade Angolana de Ensino Superior Privado ou - a Academia BAI (a marca adoptada que abrange os elementos geridos pela SAESP) - um centro de aprendizagem, de conhecimento, e de cultura empresarial, académica e profissional.

 

A Academia BAI está dimensionada para albergar profissionais da Instituição BAI e outros que procurem melhorar os seus níveis de profissionalismo, além da província de Luanda.

 

A Academia tem uma área construída de 19.787, 97 metros quadrados, o terreno 10.830,00 metros quadrados, e a área de implantação 4.386,37 metros quadrados, (Academia Bai, 2014).

 

As acções de Responsabilidade Social são cuidadosamente planeadas e operacionalizadas pela Fundação BAI, a organização do Grupo BAI sem fins lucrativos.

 

Em 2015, a Fundação BAI continuou a apoiar vários projectos e iniciativas ao nível do sector social, da cultura, saúde e bem-estar, educação e desporto, (Banco Bai, 2015).

 

Também apelamos no acto da responsabilidade social da Academia BAI, que ajudassem no bem-estar e educação desses adolescentes, o chamado o futuro do amanhã.

 

Conclusão

Em suma, notamos que, esse fenómeno social, não ocorre apenas no Morro Bento 2. Luanda, continua a registar um aumento no número de crianças de rua, algumas abandonadas pelos próprios progenitores, outras fugidas de casa ... O dia-a-dia dos meninos de rua é uma rotina que se resume em pedir esmolas e fazer alguns trabalhos tais como carregar sacos, engraxate e lavar carros. O fraco investimento em escolas e na saúde pública, vem criando, esses problemas, que assola muitos cidadãos angolanos. Esperamos que possam criar condições de aumentarem mais infra-estrutura de ensino.

 

Apelamos a sociedade civil, as Igrejas, Instituições públicas e privadas, fundações, Protecção Social, Segurança Social, Associações, organizações nacionais e internacionais, ao Governo de Angola, que ajudassem essas crianças, com o direito ao registro civil, em terem uma vida harmoniosa, a fim de poderem concretizar seus sonhos e pretensões. 

Referências Bibliográficas

Academia Bai. (2014). Quem Somos: Mensagem da Administração. Luanda: Academia Bai. Obtido em 06 de Janeiro de 2018, de http://www.academiabai.co.ao

Banco Bai. (2015). Responsabilidade Social. Luanda: Banco Bai. Obtido em 06 de Janeiro de 2018, de https://www.bancobai.ao/institucional/responsabilidade-social/

Candando. (2017). Responsabilidade Social. Luanda: Candando Hipermercado, S.A. Obtido em 06 de Janeiro de 2018, de http://www.candando.com/arredonda/

Jornal de Negócios. (2016). Isabel dos Santos na inauguração do hipermercado em Luanda: "É nosso". Jornal de Negócios. Obtido em 06 de Janeiro de 2018, de http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/comercio/detalhe/isabel_dos_santos_na_inauguracao_do_hipermercado_em_luanda_e_nosso

 

[1] Graduado no Curso de Administração Pública, pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Relações Internacionais (CIS), evandro.amaral2015@hotmail.com; 

02
Fev18

PROBLEMAS GRAVÍSSIMOS NA RUA 21 DE JANEIRO (BAIRRO MORRO BENTO 2)


Evandro José Coelho do Amaral

PROBLEMAS GRAVÍSSIMOS NA RUA 21 DE JANEIRO (BAIRRO MORRO BENTO 2)

GRAVIS PROBLEMS IN THE STREET 21 JANUARY (BAIRRO MORRO BENTO 2)

NewPaper nº 05/2018

Amaral, Evandro José Coelho do [1]

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Resumo

Este artigo surgi na sequência dos diversos problemas identificados, neste local, nas áreas de: energia e águas, saúde, educação, meio ambiente, poluição sonora, social, cultural, parques urbanos, arborização e zonas verdes. E tem como objectivo de despertar o Governo da Província de Luanda, acerca das várias vicissitudes que os moradores desta rua passam.

Palavras-chaves: Rua 21 de Janeiro, Problemas e Rua do Kikagil.

 

Abstract

This article arose from the various problems identified in this area in the areas of: energy and water, health, education, environment, noise, social and cultural pollution, urban parks, afforestation and green areas. And it aims to awaken the Government of the Province of Luanda, about the various vicissitudes that the residents of this street pass.

Keywords: Rua 21 de Janeiro, Problems and Rua do Kikagil.

 

Introdução

Segundo a Lei n.º 18/16 de 17 de Outubro de 2016, que aborda a nova divisão política administrativo da Província de Luanda. O Município de Luanda compreende os Distritos Urbanos do Sambizanga, do Rangel, da Maianga, da Ingombota, da Samba, do Neves Bendinha e do Ngola Kiluanje.

 

Sendo que a Rua 21 de Janeiro (Rua do Kikagil), encontra-se situado no Distrito Urbano da Samba. Esta rua liga as avenidas 21 de Janeiro e Pedro de Castro Van-Dúnem “Loy”, em Luanda.

 

No dia 22 de Agosto de 2013, foi reaberta à circulação rodoviária, após obras de melhorias das suas componentes. Com uma extensão de um quilómetro e 300 metros, a abertura do referido troço visa diminuir o engarrafamento diário registado nas vias de acesso e saída da capital nos três períodos do dia.

 

O director provincial de Trânsito, Tráfego e Mobilidade de Luanda, Jorge Bengue fez saber que foram feitas pequenas alterações a nível do próprio plano de circulação geral da estrada. "Há um troço nos últimos 200 metros da ligação desta via com a Avenida 21 de Janeiro, onde foi invertido o sentido de circulação, que passa a ter um sentido único", sustentou.

 

A directora provincial do Instituto de Estradas de Angola (INEA), Rosaria Quiala, disse que a intervenção da via esteve a cargo da construtora brasileira Odebrecht e teve duração de seis meses.

 

Segundo afirmou, o itinerário beneficiou de restauro em toda parte dos seus passeios, com inclusão de iluminação pública, recuperação de lancis, rede de drenagem de esgoto, sinalização horizontal e vertical, entre outros, (ANGOP, 2013).

Figura 1. Trânsito na Rua do Kikagil reaberto à circulação

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Fonte: (ANGOP, 2013).

 

  1. Problemas Identificados na Rua 21 de Janeiro

Trazemos alguns problemas que esperamos que sejam superados com maior brevidade, a saber:

  1. Energia e Águas: explicam os moradores, em termo de energia eléctrica, houve uma melhoria com a subestação e central térmica da Multiperfil, mas tem dias, que ocorre muitas restrições, para beneficiar outros bairros em detrimento da Rua 21 de Janeiro. Outra situação é concernente alguns Posto de Transformação (PT), encontram-se subcarregados, porque o PT em subcargas, tem a tendência em aquecer, a se desactivar ou a se danificar, criando prejuízos para a ENDE e deixando muitos clientes sem energia. O PT, que frequentemente ocorre este problema é o PT 113 (encontra-se localizada, junto a Agência creditada da ENDE – Construções Zeferino, próximo a Clinica São José, frente a ELISAL), e para acrescentar a energia eléctrica fornecida, não é de 220 v (é instável, por vezes muito fraca, que não funciona os aparelhos de ar condicionado). O sistema de iluminação pública desta rua, os postes continuam a enfeitar as vias que continuam às escuras. Sobre a questão da água, foram instaladas torneiras de águas nas residências dos moradores no final de 2016 ao inicio de 2017, mas até agora nem uma gota saiu, os residentes são obrigados a carretar água e comprar aos camiões cisternas de água do sector privado, que todos os meses vêm prestar serviços de venda, distribuição e fornecimento de água (própria e apropriada para o consumo humano) na população angolana, sem fiscalização do Governo.
  2. Saúde: nesta rua carece de hospitais públicos. As clínicas médicas privadas, existente são: Clínica São José, Clínica Castelo, Clínica Vinde a Mim, Clínica LibaCuban, Clínica Ango-Cuba e Clínica Multiperfil (localizado na avenida 21 de Janeiro), estas clínicas possuem preços alto que muitos moradores, não conseguem pagar. Já as clínicas comparticipadas, onde a procura é maior, como é o caso da Clínica São José (situado na Escola Católica São José) e a Clínica das Madres (situado nas proximidades do Agro Santos e a Universidade Independente de Angola (UNIA)). As clínicas públicas, encontram-se na Samba e na Rua Anghotel, onde as condições hospitalares são precárias.
  3. Educação: para esta rua, dizem os moradores, que a falta de infra-estrutura escolar público é preocupante, onde apenas existe uma Escola do Ensino Primário nº 1017 ex 1016 (pré-escolar até 6 classe) e uma comparticipada, sendo a Escola Católica São José Primária, I e II Ciclo do Ensino Secundário nº 1018 ex 1030 e as restantes são do sector privado a saber: Colégio Graceland, Colégio Saber, entre outras. Os moradores clamam por escolas públicas, recentemente a ministra da educação de Angola, Maria Cândida Pereira Teixeira, revelou em existir apenas disponibilidade de 7% para crianças de idade ao ensino primário e 93% ficaram fora de ensino. Ainda para salientar que não possui, nenhum centro de formação profissional.
  4. Meio Ambiente: quando a ELISAL - Empresa de Limpeza e Saneamento de Luanda, atrasa na recolha de resíduos sólidos ou quando existe elevado aglomerado de lixo, a população coloca fogo, e assim coloca em causa o meio ambiente. Também possui a falta de saneamento básico, onde poderá causar diversas doenças nomeadamente: cólera, disenteria bacilar, hepatite infecciosa, diarreias (responsáveis por grande parte da mortalidade infantil), Infecções de pele e olhos (sarnas, fungos de pele), tracoma (infecção nos olhos), infecções causadas por piolhos, malária, febre amarela e dengue, doenças do sono (causa sono mortal), oncocercose (causa cegueira), poliomielite, hepatite A, entre outras, (Portal São Francisco, 2017). Nos parágrafos acima, conseguimos observar, sem o saneamento básico, como podem prejudicar o meio ambiente e consequentemente a população. Em Luanda, o esgoto não recebe qualquer tipo de tratamento e acaba contaminado o solo, os rios, os oceanos e até mesmo mananciais que abastecem as cidades com água. Um exemplo, claro e evidente, é da rua 21 de Janeiro (Rua do Kikagil), onde alguns moradores, ligaram o seu esgoto na colecta de esgoto (destinada apenas para águas pluviais), consequências, cheiro de fezes, causando doenças e vem incomodando os moradores e automobilista que passa nesta via. Hoje denominada “a rua que cheira mal”. A falta de fiscalização relacionada as prestadoras de serviços de churrasco na Rua do Kikagil, coloca em causa a  poluição ambiental. A fumaça em contacto com a boca é que provoca o câncer", diz Kowalski[2].
  5. Poluição Sonora: existe nesta rua, as vezes chamada a “rua que não dorme”, sendo uma zona residencial, ocorre tanto barulho que não deixa as pessoas descansar", questiona-se os moradores desta rua, em especial na Shoprite, explicam que possa ocorrer, diferenciados aparelhos de som e cada individuo a tocar diferentes músicas em qualquer hora do dia, visivelmente agastado com a anarquia que toma conta da zona onde residem, principalmente aos fins-de-semana. São obrigados a tolerar esta situação, porque, se fizerem queixa e se aperceberem, são ameaçados.
  6. Social: nesta rua ocorre situações de: prostituição, delinquência, venda e consumo exagerado de droga e álcool. A ausência de associações sociais e esquadras polícias, tem contribuído para esses problemas.
  7. Cultural: falta de promoção das artes e da cultura enquanto espaço de convívio de jovens de diferentes níveis sociais (como: cinema, museus, galerias e bibliotecas), falta de formação especializada nas áreas de estudos, investigação e gestão cultural
  8. Parques Urbanos: O estudante finalista do curso de Arquitectura e Urbanismo, Bernardo Sambandi Firmino do Instituto Superior Politécnico Alvorecer da Juventude (ISPAJ), explica quão é difícil de encontrar parques urbanos em Luanda, acrescentou dizendo que, a população angolana, tem poucos locais recreativos de lazer, porque cria um sentimento prazeroso da vida. Deu exemplo: quando é cortado o fornecimento da corrente eléctrica, muitos moradores poderiam estar a divertir-se nestes parques, mas isso não sucede nesta rua ou mesmo quase todo Luanda, com isso, levam muitos jovens a praticar actos ilícitos e a envergarem no alcoolismo, drogas e delinquências.
  9. Arborização: são todo e qualquer local que tenha uma árvore plantada no perímetro urbano da cidade. Seja ela uma área pública, semi-pública ou particular, bosque, mata ciliar e outros desde que dentro da área urbana, segundo Milano (1988) Apud Santos (1997, p. 06). A aposta em árvores seria uma obrigação de todos cidadãos, sendo que, as construções de moradias, digo nos muros são altos (devido a criminalidade em Luanda), isto é, contraditório, comparando os países desenvolvido, os muros são pequenos ou não existem; no caso de Angola, deveríamos apostar mais em arborização, porque sendo um país tropical, não teria a necessidade de ter esses muros altos e sim mais árvores. Embora já, teve muita iniciativa por parte do governo, de diversas campanhas de plantação de um milhão de árvores em todo país, sob o lema “pense, plante uma árvore e da vida”, inserido nas comemorações do Dia Mundial da Árvore e das Florestas, que é assinalada no dia 31 de Março.
  10. Zonas Verdes: a falta de zonas verdes, nos passeios, é um dos requisitos das zonas urbanas e para o desenvolvimento sustentável dos seres humanos. Nesta rua carece de zonas verdes, sendo também um problema de quase muitos municípios da província de Luanda.

Conclusão

Em suma, notamos com esse exercício realizado, podemos contribuir significativamente para poster resolução destes problemas. Percebemos que na Rua 21 de Janeiro, carece de posto ou destacamento da Polícia Nacional, piquete da ENDE e dos serviços de Bombeiros para o funcionamento dos serviços de 24h/24h.

 

Identificamos ausência de uma Lei sobre ruído em Luanda. A inexistência de serviços da Administração Pública, como forma da descentralização dos serviços, houve um morador, para tratar o seu Bilhete de Identidade, teve que passar a noite no posto do Serviço de Identificação Civil e Criminal da Samba.

 

Também é comum, observamos vários governantes, administradores, trabalham sem estatística da população, tornando assim, difícil a sua boa governação, apelamos na reestruturação do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola, que passa a ser independente e que não espera apenas da ajuda externa para realizar as suas obrigações.

 

Referências Bibliográficas

Amaral, M. F. (2017). Produção e Distribuição de Energia Eléctrica na Província de Luanda. Luanda: CIS – Instituto Superior de Ciências Sociais e Relações Internacionais.

ANGOP. (2013). Trânsito na rua do Kikagil reaberto à circulação. Luanda: ANGOP - Agência Angola Press. Obtido em 07 de Janeiro de 2018, de http://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/reconstrucao-nacional/2013/7/34/Transito-rua-Kikagil-reaberto-circulacao,94e8aea3-a2f5-4ccf-bb5f-027d25fbe038.html

Portal São Francisco. (2017). Saneamento Básico. Minas Gerais: Portal São Francisco. Obtido em 23 de Dezembro de 2017, de http://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/saneamento-basico

Santos, P. (1997). A Precepção dos Moradores sobre a Arborização de Rondonópolis-MT UFMT 1997. (Monografia). Mato Grosso: DEGEO/ICHS/ Universidade Federal de Mato Grosso.

 

[1] Graduado no Curso de Administração Pública, pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Relações Internacionais (CIS), evandro.amaral2015@hotmail.com;

 

[2] Professor Luiz Paulo Kowalski, Director do departamento de cirurgia de cabeça e pescoço do Hospital de Câncer A.C. Camargo, de São Paulo, professor da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) e uma das maiores autoridades mundiais em câncer de boca, com várias publicações no Exterior.

 

 

 

 

 

02
Fev18

O RACISMO EM ANGOLA


Evandro José Coelho do Amaral

O RACISMO EM ANGOLA

RACISM IN ANGOLA

NewPaper nº 04/2018

 

AMARAL, Evandro José Coelho do[1]

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RESUMO

Este trabalho foi realizado, com intuito de perceber melhor sobre o racismo contra brancos e mestiços em Angola, para tal, foi realizado um estudo de caso, que culminou com pesquisas de campo, agregando uma amostra de 50 “Cidadãos”, repartidos como se segue: 20 Indivíduos do sexo Feminino = 40% e 30 Indivíduos do sexo Masculino = 60%. Foi abordado, o racismo no contexto angolano. Actualmente, vemos vários casos de racismo na Europa, mas que quando denunciado, é crime. Já em Angola, devido o processo colonial e da escravatura, foi incutido em muitos angolanos, e passado de geração a geração que o “Europeu é mau”, “nos escravizou”, em outras palavras, o angolano, ainda se encontra com o orgulho ferido. Existem alguns africanos (angolanos), que por vezes chegam a ser mais racistas, do que os Europeus. Com o presente estudo, concluímos que os nossos objetivos foram alcançados, e as hipóteses foram confirmadas.

Palavras-chave: Racismo, Mestiço, Branco, Europa e Angola.

 

ABSTRACT

This work was carried out in order to better understand racism against whites and mestizos in Angola. A case study was carried out, culminating in field research, adding a sample of 50 "Citizens", distributed as follows: 20 Individuals of the Female Sex = 40% and 30 Individuals of the Male Sex = 60%. Racism was addressed in the Angolan context. At the moment we see several cases of racism in Europe, but that when denounced is a crime. Already in Angola, due to the colonial process and slavery, it was instilled in Angola, and passed from generation to generation that the "European is evil", "enslaved us", in other words, the Angolan, still has it´s pride hurt. There are some Africans (Angolans) who are sometimes more racist than the Europeans. With the present study, we conclude that our objectives were achieved, and the hypotheses were confirmed. 

Keywords: Racism, Mestizo, White, Europe and Angola.

 

INTRODUÇÃO

O Presente trabalho intitulado "o racismo em Angola", tem por finalidade, o estudo de um dos temas mais polémicos e interessantes.

 

Angola, Estado independente, localizado no sudoeste da África; limitado ao norte e a leste pela República Democrática do Congo (antigo Zaire), a leste pela Zâmbia, ao sul pela Namíbia e a oeste pelo oceano Atlântico. O território angolano, é dividido por uma faixa do antigo Zaire, que vai até o mar, deixando separado o pequeno enclave de Cabinda, limitado ao norte pela República do Congo, a leste e ao sul pela República Democrática do Congo e a oeste pelo oceano Atlântico. O território de Angola, foi anteriormente conhecido pelo nome de África Ocidental Portuguesa, a sua actual denominação é República de Angola, possui uma superfície de 1.246.700 Km2. Tendo conquistado a sua independência em 11 de Novembro de 1975, sobre uma intensa guerra civil que vitimou muitos angolanos, e culminou em 2002. A capital é a cidade de Luanda.

 

Concernente ao racismo, é de salientar que, muitos confundem racismo com preconceito, sendo o preconceito uma discriminação de alguém, sem o ter conhecido, ou seja, ter um olhar, um pensamento, critica sobre alguém, numa primeira instância.

 

Já o racismo, é a discriminação social, baseada no conceito de que existem diferentes raças humanas, e que uma, é superior às outras.

 

O racismo, encontra-se enraizado, em toda a parte do mundo, conforme referenciado anteriormente, muitos acabam por não serem racistas, mas o preconceito que todo o ser humano possui, e que é, temporal.

 

Contextualizando esta prática em Angola, e comparando com Portugal, teríamos que voltar na história. A história mostra-nos, que os Portugueses, sob o comando de Diogo Cão, no reinado de D. João II, chegam foz do rio Zaire em 1482, de onde iniciaram, a conquista da região, que incluía, Angola.

 

Por sua vez, o povo Africano (angolano), deu a superioridade aos portugueses, discriminando-se a si mesmo, devido ao avanço tecnológico daquela época e dos produtos que Diogo Cão, trazia, para trocar: (missangas, espelhos, tecidos, aguardente e outros artigos baratos).

 

Ainda continuo a dizer, que discordo de certas opiniões, que vêm dizendo que: “estamos condenados a sermos racistas”, porque este preconceito, pode ser reduzido, o que tem estado a acontecer, devido ao trabalho das várias organizações internacionais, isso ainda acontece, por falta de conhecimento e ignorância. O mesmo caso, acontece com os (E.T.- extraterrestres), muitos dizem, que são uma raça muito inteligente, mas sem antes conhecê-los, dão-lhes logo, superioridade.

 

Hoje, muitos Africanos, falam mal dos europeus, sem antes saberem as origens históricas, “o desenvolvimento da Europa, foi o atraso ou o subdesenvolvimento de África,” outro aspecto importante foi o subdesenvolvimento de África, será que sem a vinda dos Europeus em África, o continente seria o que é hoje? Muita coisa que foi feita, ou esta a ser feito em Angola, é graças ao árduo trabalho incessante dos Europeus.

 

Também a historia, mostra-nos, que Portugal, teve uma das melhores administrações, que era de (assimilação para todos) a aculturação do Europeu, vestir-se como o Europeu; onde muitos angolanos ganharam cidadania portuguesa.

 

Por outro, a questão da escravatura, onde muitas pessoas, apontam o dedo aos Europeus, sem antes saberem, que os africanos participaram directamente e indirectamente na escravatura; Os africanos também escravizaram, e vendiam os seus conterrâneos africanos, muito antes da chegada dos Europeus.

 

Uma das razões do presente estudo, tem à haver, com a problemática, actual, vemos casos de preconceito racial, na Europa, existem Leis que punem, os prevaricadores. Já em Angola, devido o processo colonial, e da escravatura, foi incutido nos pais, familiares e amigos de muitos angolanos, que o “Europeu é mau”, “nos escravizou”, em outras palavras, o angolano ainda está com o orgulho ferido. Os africanos (angolanos), acabam por serem por vezes mais racistas do que os Europeus.

 

Vejamos, se for para calcularmos o nível de discriminação, que muitos brancos e mestiços passam em Angola, chega a ser muito superior, em relação ao que muitos negros passam na diáspora. É difícil de acreditar, que a iniciativa para a abolição da escravatura, não veio de um negro, e nem de um País de África, mas sim da Europa (Inglaterra).

 

Todavia, o colono Português, antes de retirar-se de Angola, criou condições para a independência de Angola, o chamado “Acordo de Alvor” entre os três movimentos de libertação Nacional (MPLA, FNLA, e UNITA), dando assim, origem, ao movimento de transição para a Independência de Angola, mas que não resultou por três das seguintes causas: i) a guerra fria entre E.U.A e URSS (aconselhamento e influência das antigas potências, sobre os lideres destes movimentos); ii) até 1974 – não havia nenhum país africano democrático, (o poder era hereditário), pelo facto Angola, não podia ser uma excepção e  iii) Desconfiança entre os lideres dos três movimentos de libertação de Angola.

 

Para o desenvolvimento deste trabalho começamos com a seguinte pergunta de partida: Será que existe racismo contra brancos e mestiços em Angola?

 

Este trabalho delimita-se ao estudo do racismo contra brancos e mestiços em Angola, para compreendemos melhor as razões subsequentes, formulamos as seguintes hipóteses:

H1- Existe sim, racismo contra brancos e mestiços em Angola, mas o que acontece é que os brancos e mestiços, ignoram estes actos de insultos e discriminação racial. Também a situação é evidente, porque os órgãos policiais e judiciais, não punem os infractores, nem a própria comunicação social, divulga os casos ocorridos no território Nacional.

H2- Não existe racismo contra brancos e mestiços em Angola, o que existe é revolta da população negra angolana, porque pensam que os brancos e mestiços têm o poder económico, e muitos destes chegam a ocuparem os grandes cargos do País. 

Variável independente: racismo contra brancos e mestiços em Angola.

Variável dependente: condição social, herança colonial, cultura, religião, ignorância, o analfabetismo, a miséria e a revolta, por parte da população angolana.

 

Tendo em consideração a pergunta de partida, nos propusemos a formular os seguintes objectivos que servirão de bússola para a consolidação:

Objectivo geral - Analisar a presença do racismo na República de Angola. 

Objectivos específicos - Identificar os constrangimentos que os brancos e mestiços nacionais e estrangeiros passam por motivos do racismo;  

Explicar como os brancos e mestiços nacionais e estrangeiros, são discriminados, com atribuição de vários títulos pejorativos;

 

Para a justificativa à escolha do tema, é por motivos pessoais, sendo angolano de origem, sou discriminado, confundido por estrangeiro, muitas vezes chamam-me de colono e não aceitam como filho de Angola. As vezes chegando ao ponto de me fechar, (ficando tímido), ou melhor, isolando-me, para não ser discriminado; Contudo, sempre mantive a calma, e ignorei quase todos os insultos, para não chegar ao ponto de ter conflito físico. Sendo nato de Angola, por vezes fico entristecido, quando oiço alguém dizer, colono, vai para o teu país.

 

  1. Brancos e Mestiços são angolanos?

São angolanos pretos e mulatos. [...] A unidade angolana não tem poderes para nos passarem certificados. A unidade existe em nós sendo mulatos, pretos ou fulos. [...] Devemos é tomar uma posição sobre as acusações que nos fazem. Que atitude devemos tomar perante as actividades deste género? A nossa presença provoca as massas e veremos se somos nós que faremos triunfar ou ceder e cair na política racista. (Acta da Sessão de 21 de Maio [Acta 2] da reunião do Comitê Director, ocorrida entre 13 e 23 de maio de 1962, (Tali, 2001, p. 314).

De acordo com os nºs 1º á 5º do artigo 9º da constituição de Angola de 2010:

  1. A nacionalidade angolana pode ser originária ou adquirida. 2. É cidadão angolano de origem o filho de pai ou de mãe de nacionalidade angolana, nascido em Angola ou no estrangeiro. 3. Presume-se cidadão angolano de origem o recém-nascido achado em território angolano. 4. Nenhum cidadão angolano de origem pode ser privado da nacionalidade originária. 5. A lei estabelece os requisitos de aquisição, perda e reaquisição da nacionalidade angolana.

Ainda nos nºs 1º e 2º do artigo 23º da constituição de Angola de 2010, acrescenta:

  1. Todos são iguais perante a Constituição e a lei. 2. Ninguém pode ser prejudicado, privilegiado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão da sua ascendência, sexo, raça, etnia, cor, deficiência, língua, local de nascimento, religião, convicções políticas, ideológicas ou filosóficas, grau de instrução, condição económica ou social ou profissão.
  1. Privilégio Branco e Mestiço em Angola

42 anos depois da independência, as tensões raciais ainda estão à flor da pele: vê-se no discurso, nas filas de espera, na competição pelos lugares de chefia. “O privilégio branco é visível também em Angola”

 

Se em Angola não houver uma maior distribuição dos rendimentos e uma diminuição das assimetrias e problemas sociais, o jornalista Reginaldo Silva, teme o agravamento “deste tipo de conflitos entre negros e mestiços ou os negros acusarem os mestiços de serem responsáveis por não sei o quê”.

 

Há quem fale de racismo de negros contra brancos, mas Sizaltina, Gestora de Projectos Sociais, confessa ter dificuldade em aceitar a questão colocada nesses termos. É, de resto, comum quando se fala de racismo aparecer o típico: “Ah, mas os negros também são racistas.” Sizaltina, justifica a sua posição: “Entendo o racismo como sistema de poder político, económico, social que privilegia determinada raça em detrimento de outras — um sistema, que está criado para privilegiar um determinado grupo racial. Se olharmos para Angola e entendermos como sociedade multirracial — eu entendo como país negro —, então temos de ter pessoas de várias raças representadas em todos os estratos. Mas é quase impossível ver uma zungueira [vendedora de rua] de pele mais clara, os porteiros, os varredores de rua, os moradores das zonas menos privilegiadas, são todos de pele mais escura. Isso indica um favoritismo ou uma prática, que faz com que as pessoas que tenham a pele mais clara tenham uma ascensão maior.”

 

Por outro lado, mesmo num país africano, aceita-se com mais facilidade imigrantes portugueses, do que africanos, aceita-se melhor um imigrante branco, do que um negro, acredita. “Isso para mim é doentio, principalmente de um estado que lutou contra o imperialismo, contra o colonialismo, que foi marxista-leninista. Acontece, por causa da associação que se faz ao branco — branco é bom, negro não — e que resulta do processo de escravatura. Durante séculos, os negros aprenderam que o negro é mau. A filha rebelde é a ovelha negra; a inveja, se for no bom sentido, é inveja branca. A associação do branco com o bom, desejável, determina a forma de agir das pessoas.”

 

Mestiço, fruto da miscigenação que aconteceu durante o período colonial, o rapper e activista Luaty Beirão, confessa, que não pode dizer que é “bom ou mau, ter havido misturas”, porque caso contrário, ele não teria nascido. “Muitas vezes, já me perguntei: será, que eu preferiria não existir? Será, que isso teria tirado algum peso, o não ter havido colonização? Se eu não estivesse cá hoje, será, que teria sido melhor? Então, não dá para responder porque eu não estaria cá para responder, e não há, como comparar, porque não há, como voltar atrás. É daquelas coisas que se dizem, é um beco sem saída.”, (Publico, 2015a).

 

Mas será, que os brancos ou mestiços, auto privilegiam-se? Penso, que a resposta seria não, mas é porque, lhes são atribuídos esses privilégios. Portanto, é que, eles, são a minoria da população, por vezes como escapatória, alguns cidadãos, ficam sempre a procura de culpados. Angola, sendo um País multirracial, isto é, devido a colonização Portuguesa, durante cerca de 500 anos, contudo, é bonito ver a nossa terra, com cidadãos de raças diferentes.  É ponto assente que, alguns brancos e mestiços, detêm algum poder económico, para dizer que, será mesmo impossível, ver brancos e mestiços em trabalhos de baixa categoria.

 

Segundo a Constituição da República de Angola, nos termos do artigo 21.º alínea h, o Estado deve “Promover a igualdade de direitos e de oportunidades entre os angolanos, sem preconceitos de origem, raça, filiação partidária, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação;” e ainda para reforçar no artigo 23.º, diz sobre o Princípio da Igualdade “1. Todos são iguais perante a Constituição e a lei.”; “2. Ninguém pode ser prejudicado, privilegiado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão da sua ascendência, sexo, raça, etnia, cor, deficiência, língua, local de nascimento, religião, convicções políticas, ideológicas ou filosóficas, grau de instrução, condição económica ou social ou profissão”.

 

O Agente Público trabalhará com a população, com base a Lei da Probidade Pública no artigo 8.º diz sobre o Princípio da Imparcialidade “O agente público deve tratar de forma imparcial os cidadãos com os quais entra em relação, devendo merecer o mesmo tratamento no atendimento, no encaminhamento e na resolução das suas pretensões ou interesse legítimos, observando, sempre, com justeza, ponderação e respeito o princípio da igualdade jurídica de todos os cidadãos perante a Constituição e a lei”

 

No quotidiano, os angolanos negros, a maioria, os mestiços (cerca de 2%) e os brancos (1%) convivem, estão nos mesmos restaurantes, estão nas mesmas discotecas, defende. Mas se aprofundarmos: “Nos subúrbios mais pobres, só existe um tipo de gente, os angolanos de raça negra. Nos condomínios, nos bons subúrbios, há angolanos de raça negra da elite, com angolanos de raça mista, de raça branca ou povos de outras nações. Por isso digo que [o racismo] não aparece de forma tão expressiva na sociedade, mas subtilmente.”, (Publico, 2015a).

 

Aparentemente, esta é uma questão mais de classe do que de raça. Mas o problema coloca-se, quando um engenheiro estrangeiro branco chega a Angola e há diferença de tratamento, sublinha Elias Isaac, Director da ONG – Open Society Iniciative of Southern Africa. “Vai encontrar um médico angolano e um expatriado a fazerem o mesmo trabalho, mas a ganharem salários diferentes e a viverem em condições sociais completamente diferentes. O poder político, incentiva esta diferenciação. O Governo, aceita praticar essa diferença. E isto é uma questão racial, porque não acontece a mesma coisa com alguém da Zâmbia ou do Zimbabwe que vem trabalhar aqui.”, Acrescenta, em parte este fenómeno explica-se, com a síndrome que permanece no inconsciente colectivo de povos que foram colonizados — o sentimento de dominado passa de geração em geração. É isso que o leva a dizer: “Até certo ponto, houve independência, mas não descolonização das mentes.” (Publico, 2015a).

 

Voltemos, porém, à forma caricata de como os mulatos e negros se vêem. Há mulatos, que dizem que, o verdadeiro racista em Angola é o negro, por este ser altamente complexado. Certos mulatos, adoptaram mesmo argumentos clássicos para justificar a subalternização do negro, dizendo que, ele é preguiçoso, indisciplinado, invejoso, traiçoeiro e que só querem adquirir, o que de bom, vem do branco e mulato, sem ter que trabalhar. Há, porém, mulatos moderados que aceitam, que  Angola, herdou um sistema, que não favorece os negros, e que deveria haver formas de superar esta desigualdade, (Angonoticias, 2004).

 

Em conversas, que mantenho com negros angolanos, os mulatos e brancos, são vistos, antes de mais, como oportunistas, que só gostam de estar lá, onde só há, do bom e melhor. Para eles, os mulatos sabem fazer graxa, e têm tendência, para dominar todas as organizações a que pertençam. Outros angolanos, deploram o facto de que o padrão de beleza angolana, recaia essencialmente sobre as mulatas. Num jantar, nos Estados Unidos, alguém foi a Internet, para imprimir fotos das candidatas ao trono de Miss Angola. Contudo, notou-se, que a maioria das moças eram mestiças. Contaram-nos também, que houve um tempo, em que as hospedeiras de bordo da TAAG, só tinham de ser mulatas. Também é usual dizer-se, que quando uma empresa em Angola, precisa de uma secretária de boa aparência, vai-se logo, a procura de uma mulata, (Angonoticias, 2004).

 

Por fim, há quem, como Luís Fernando, administrador no grupo de MediaNova, já tenha sentido racismo directo na pele, à porta de um restaurante/bar, o Chill Out, onde o porteiro o barrou, deixando entrar o amigo branco. “Obviamente, que nunca mais lá pus os pés”. Mas desvaloriza o episódio: acha que, não há racismo em Angola. Pode haver algum elemento racista, em que o angolano se sinta superior, ou podem existir alguns portugueses que são “extremamente racistas”. Mas “não se deve tomar a árvore pela floresta”. Teme, no entanto, que surja uma tensão racial, mais do ponto de vista económico ,“no sentido de algumas pessoas, se sentirem excluídas dos lugares que se elitizaram”, (Publico, 2015a).

 

Neste capítulo, apresentamos os resultados obtidos, através do estudo investigado, com vista a alcançar os objectivos propostos. Esta apresentação é seguida de uma análise, e discussão dos dados, sempre que possível, baseada na literatura consultada. Os dados obtidos permitem perceber, de que forma, o racismo contra brancos e mestiços em Angola.

 

CONCLUSÃO

Essa pesquisa não é conclusiva, continua em aberto, para qualquer análise científica. Contudo, os objectivos propostos com o presente trabalho, intitulado racismo contra brancos e mestiços em Angola, foram alcançados. Também permitiu-nos verificar, os níveis e o impacto racial na República de Angola.

 

África, sendo o berço da humanidade, e tido como o continente onde se descobriu o relógio, a roda, a matemática, o alfabeto, a escrita, e muitas outras coisas grandiosas. Não imaginemos, como seria África sem a influência do branco. A raça africana foi a primeira a navegar ao redor do globo.

Como prova do árduo trabalho de pesquisa desenvolvido, obtivemos as seguintes conclusões:

  1. É de realçar que Angola, devido ao nível baixo de escolaridade e também, devido ao processo colonial, muitos cidadãos nacionais com índole racista, pensam que os estrangeiros ou seja, os brancos e os mestiços, só venhem roubar o dinheiro do país, e prosseguem, dizendo, eles vieram novamente colonizar. Esquecendo-se que para além de melhorarem a sua condição de vida, também, contribuem enormemente para o desenvolvimento do país, como por exemplo, fazem diminuir o índice de desempregados, baixar as importações, e aumentam as exportações.
  2. Muitos angolanos, não conhecem a verdadeira historia de Angola, em muitos casos agem por emoção, guardam reservas de vingança, sendo assim, uns eternos racistas.
  3. O fraco investimento no ensino e na capacitação do homem, proporciona a exportação de recursos humanos qualificados, ou seja, estrangeiros (na sua maioria de raça branca).
  4. Os brancos e os negros, são dotados das mesmas habilidades, contudo, existem algumas disparidades a saber: os indivíduos de raça negra, tem menos oportunidades na instrução, capacitação e busca de tecnologias, este é o principal factor de diferencial.
  5. Muitos os governantes/empresários angolanos não gostam de trabalhar com os angolanos porque os vêem como incapacitados.
  6. É ainda comum vermos os mesmos estrangeiros serem atraídos para Angola, por empresários nacionais com propostas de bons salários, bem como é comum vermos e ouvirmos reclamações de funcionários angolanos, enquanto vítimas de discriminação racial, por parte desses mesmos estrangeiros. Vale dizer que, nessa terra é também gritante a forma como muitos negros com alguma predisposição rancorosa, violentam verbalmente os mestiços ou brancos sem razão de ser.
  7. Algumas culturas africanas têm sido hostilizado pelos ocidentais, como forma para dependência cultural, económica, social e tecnológica.
  8. Nem todo branco ou mestiço nasce com privilégio ou com o poder económico.
  9. O Caso de Angola, notamos que o racismo é ensinado e passado de geração à geração.
  10. Por fim, por evidencias em África, os povos eram muito unidos, até a chegada dos colonizadores, mas o grande culpado da implementação do racismo em África é o homem branco, que incentivou este sistema discriminatório, para inferiorizar o negro, partindo do adagie, que tudo feito pelo branco é bom ou de boa qualidade, desprezando os negros, os brancos também incitaram o racismo do negro para o negro.

Com isso, podemos afirmar, que muitos cidadãos nacionais, e estrangeiros, desconhecem as leis vigentes na Republica de Angola, e que proíbe a discriminação racial, e chega dê-se a ouvir o seguinte: “Angola não é terra de brancos nem de mulatos, vão-se embora na vossa terra”. O racismo é um verdadeiro cancro que devemos erradicar completamente do mundo! Embora muitos pensam que, o racismo só é manifestado quando é do branco para o negro e não o inverso.

 

É tão lindo observarmos o mundo, com pessoas de diferentes variedades raciais, culturas, linguístico, etc. Será que o mundo seria bonito se fossemos apenas de uma só cor? Atendendo ao conteúdo de pesquisa aí vão as confirmações das hipóteses:

 

Quanto a primeira hipótese foi confirmada, porque existe sim, racismo contra brancos e mestiços em Angola, mas o que acontece é que os brancos e mestiços, ignoram estes actos de insultos e discriminação racial. Também a situação é evidente, porque os órgãos policiais e judiciais, não punem os infractores, nem a própria comunicação social, divulga os casos ocorridos no território Nacional.

 

A segunda hipótese também foi confirmada, porque não existe racismo contra brancos e mestiços em Angola, o que existe é revolta da população negra angolana, porque pensam que os brancos e mestiços têm o poder económico, e muitos destes chegam a ocuparem os grandes cargos do País. 

 

Minha África, Angola meu País, minha Pátria, minha Terra no meu coração.

      

Referências Bibliográficas

Angonoticias. (2004). O racismo em Angola. Luanda: Angonoticias. Obtido em 04 de Setembro de 2017, de http://www.angonoticias.com/Artigos/item/553/o-racismo-em-angola

Publico. (2015a). Angola "Houve independência mas não descolonização das mentes". Obtido em 04 de Setembro de 2017, de https://www.publico.pt/mundo/noticia/houve-independencia-mas-nao-descolonizacao-das-mentes-1712736

 

Constituição da República de Angola de 2010.

 

Este artigo não é o completo, é uma parte da pesquisa, os interessados para obterem o trabalho final de 111 páginas, devem enviar um email para: evandro.amaral2015@hotmail.com.

 

[1] Graduado no Curso de Administração Pública, pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Relações Internacionais (CIS), evandro.amaral2015@hotmail.com; 

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